sexta-feira, 22 de março de 2019

Processo de Identificação


Em psicanálise, o processo de identificação define-se como sendo um processo psicológico no qual um sujeito assimila um aspeto/atributo de outro, que vê como um modelo, e molda a sua personalidade, de forma total ou apenas parcial, de acordo com esse mesmo modelo.




Foi Freud, o “pai” da psicanálise, quem pela primeira vez deu grande importância a este assunto, dizendo que este era um dos processos pelo qual todo o ser humano passa durante o desenvolvimento da sua personalidade (estádios de desenvolvimento).



Segundo a teoria psicanalítica de Freud, o processo de identificação decorre durante o estádio fálico (entre os 3 e os 5/6 anos de idade) e está intimamente relacionado com o complexo de Édipo. É neste estádio psicossexual que se dá então o complexo de Édipo, onde a criança se vai sentir atraída pelo progenitor do sexo oposto, vendo o progenitor do mesmo sexo como um rival. Posteriormente, a criança vai-se começar a identificar bastante com o progenitor do mesmo sexo e vai passar a vê-lo como um modelo a seguir, adotando alguns dos seus comportamentos.



É devido ao processo de identificação que, frequentemente, vemos as crianças desta faixa etária a imitarem os comportamentos dos pais. Por exemplo, vemos as meninas a quererem maquilhar-se e usar sapatos de salto alto, tal como as mães e os meninos a quererem fazer a barba da mesma forma que os seus pais a fazem.



É através do processo de identificação que as crianças vão superar o complexo de Édipo, daí a sua importância.



Ângela Freitas

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