Em psicanálise, o processo de identificação define-se como
sendo um processo psicológico no qual um sujeito assimila um aspeto/atributo de
outro, que vê como um modelo, e molda a sua personalidade, de forma total ou
apenas parcial, de acordo com esse mesmo modelo.
Foi Freud, o “pai” da psicanálise, quem pela primeira vez
deu grande importância a este assunto, dizendo que este era um dos processos
pelo qual todo o ser humano passa durante o desenvolvimento da sua personalidade
(estádios de desenvolvimento).
Segundo a teoria psicanalítica de Freud, o processo de identificação
decorre durante o estádio fálico (entre os 3 e os 5/6 anos de idade) e está
intimamente relacionado com o complexo de Édipo. É neste estádio psicossexual
que se dá então o complexo de Édipo, onde a criança se vai sentir atraída pelo
progenitor do sexo oposto, vendo o progenitor do mesmo sexo como um rival. Posteriormente,
a criança vai-se começar a identificar bastante com o progenitor do mesmo sexo
e vai passar a vê-lo como um modelo a seguir, adotando alguns dos seus
comportamentos.
É devido ao processo de identificação que, frequentemente,
vemos as crianças desta faixa etária a imitarem os comportamentos dos pais. Por
exemplo, vemos as meninas a quererem maquilhar-se e usar sapatos de salto alto,
tal como as mães e os meninos a quererem fazer a barba da mesma forma que os
seus pais a fazem.
É através do processo de identificação que as crianças vão
superar o complexo de Édipo, daí a sua importância.
Ângela Freitas
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