quinta-feira, 21 de março de 2019

O Mito da Inferioridade da Mulher

Diariamente ouvimos falar em desigualdade de género, principalmente na inferioridade da mulher. Sabemos o que é, sabemos como a combater, mas sabemos o porquê da existência desta ideia, o seu surgimento? 




A desigualdade de género caracterizou a sociedade de classes, originada há cerca de dois mil anos atrás, perdurando nos seus três períodos de maior relevância (escravatura, feudalismo e o capitalismo). Esta sociedade (o Estado, a Igreja e as instituições familiares) atribuía a sua dominância ao sexo masculino, resultando então o Mito da Superioridade Masculina. E porquê? Ora não existe nenhum motivo razoavelmente aceitável, os homens são socialmente superiores porque são naturalmente superiores, foram dotados pela Natureza de atributos físicos e mentais. 
Por esta mesma lógica formulou-se um mito equivalente relativamente ao estatuto social do sexo feminino, beneficiando o sexo oposto: as mulheres são socialmente inferiores, porque são naturalmente inferiores aos homens (Mito da Inferioridade Feminina). E qual é motivo desta inferioridade? Pois bem, é que as mulheres são mães, foram condenadas pela Natureza a uma posição inferior. 




Na verdade, isto não passa de uma plena mentira. Quem rebaixou a mulher e elevou o homem foi simplesmente a sociedade de classes. Foi esta sociedade que proporcionou ao sexo feminino diversas desigualdades, inferioridades, discriminações e retirou o seu direito de participar nas tarefas mais altas da sociedade, exaltando apenas as suas funções animais de maternidade. 




Porém isto nem sempre foi assim, uma vez que na sociedade primitiva os homens não eram o sexo superior, ou seja, não eram considerados como os dirigentes da sociedade e da cultura.   




Inês Coelho
nº9













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