domingo, 31 de março de 2019

Asch e o Conformismo


Solomon Asch (1907-1996) foi um famoso psicólogo polaco que realizou uma série de experiências em 1951 que demonstraram o poder da conformidade dos grupos.
O conformismo é, nada mais, nada menos, do que o comportamento de um indivíduo que é influenciado pela maioria do grupo devendo-se à pressão social. 

Estamos perante uma situação de conformismo social sempre que a confrontação com novas situações provocam ansiedade no indivíduo, acabando assim por adaptar-se à maioria do grupo.



Procedimento

Nesta experiência, um grupo de participantes foi colocado diante de um quadro com uma linha vertical servindo de figura de base e, ao lado, três linhas verticais de comprimentos diferentes, numeradas de 1 a 3, uma das quais igual à figura base.

No grupo experimental, apenas um dos participantes é o verdadeiro sujeito experimental, enquanto os restantes são atores. Estes respondem antes do sujeito e, deste modo, o indivíduo experimental encontra-se numa posição minoritária. Para não discordar da maioria, o indivíduo acaba por seguir a opinião dos restantes participantes para se sentir integrado no grupo.

Os resultados da experiência revelaram que apenas 25% dos sujeitos experimentais não se conformaram à pressão implícita pelo grupo, o que nos leva a considerar que o desejo pela integração é um dos fatores que explicam este fenómeno.






                                                                                        Beatriz Magalhães, nº5











OS OLHOS SÃO A JANELA DA ALMA E O ESPELHO DO MUNDO
- Leonardo da Vinci

Os meus olhos veem as mesmas imagens que os teus olhos veem?

Ver não é simplesmente ver. Não é simplesmente perceber com os olhos. Ver é perceber com a alma, com o espírito e deixar-se envolver. Muitos são os que olham e não veem nada, pois não se emocionam com o que as imagens representam. Veem frio e racional. Não sabem, talvez, que é possível mudar a maneira de percecionar o que o mundo nos proporciona, ou sabem, mas não se interessam por isso. Estão tão acostumados com a frieza de seu próprio olhar perante a imagem que negam ver a beleza da realidade, o significado por trás de um simples olhar.

Nunca uma imagem representa a mesma sensação na mesma pessoa. Cada olhar é um fenômeno diferente do outro, mesmo que se olhe para o mesmo objeto no mesmo lugar, repetidamente.

A teoria de Heráclito de Éfeso, um filósofo pré-socrático, dizia que ninguém entra duas vezes no mesmo rio, pois nem a pessoa é a mesma que tinha entrado no rio anteriormente, nem o rio é o mesmo de quando ela teria entrado nele.



Também recentemente, uma nova pesquisa realizada na Universidade de Cornell, EUA, revela que os olhos são, de facto, uma janela para a alma e como este processo evoluiu ao longo do tempo. Segundo o estudo, interpretou-se que as emoções das outras pessoas são analisadas pelas expressões dos seus olhos. Os olhos humanos transmitem uma notável variedade de informações sociais e emocionais complexas.

“OS OLHOS SÃO A JANELA DA ALMA E O ESPELHO DO MUNDO”. Esta frase que afirmou Leonardo da Vinci reflete perfeitamente o que sentimos quando o nosso olhar mergulha num outro.

Em suma, o fotógrafo francês Rehahn Croquevielle é um dos profissionais mais hábeis quando se trata em capturar a emoção desses momentos.


Beatriz Coelho, nº4

sábado, 30 de março de 2019

A influência da cocaína no trabalho de Freud

Na verdade, grande parte do trabalho de Freud e da criação da psicanálise deve-se às extensas experimentações com cocaína, por parte deste psicólogo, que na época estava disponível em qualquer farmácia a um preço banal.

cocaína


Freud recebeu o primeiro lote desta droga em 1884 e decidiu começar por experimentá-la imediatamente em si, em nome da ciênciaOs efeitos sentidos pelo ingestão deste produto abrangeram o nível físico e mental, levando Freud a descrever esta droga como uma cura contra a depressão e a indigestão, que proporcionava uma exaltação e euforia duradouras, e tinha a capacidade de eliminar a fadiga e a fome.

Efeito da cocaína






















Assim, o psicólogo não tardou em começar a enviar amostras para os seus amigos e colegas de profissão dizendo que a cocaína tinha potenciais aplicações como estimulante mental, um tratamento para asma e transtornos mentais, e até uma cura para o vício em morfina e em álcool. Foi através disto que um dos seus amigos médicos descobriu que os efeitos amortecedores desta droga podia ser utilizados como um anestésico local em operações aos olhos.

Freud - cocaína - colegas de profissão


Freud, por sua vez, enquanto utilizava cocaína e a distribuía pelos seus conhecidos começou a elaborar as suas teorias de base para a psicanálise (conceitos como o id, ego e superego; a libido como energia sexual; o complexo de Édipo; etc.) e posteriormente passou também a distribuir enormes quantidades desta droga pelos vienenses neuróticos de classe média que vinham conversar sobre os seus problemas.

Deste modo, ao saber-se da utilização de cocaína por Freud e pelos seus pacientes, muitos começaram a desacreditar na teoria da psicanálise, apesar de ter sido devido à mesma que Freud alcançou grande parte das suas conclusões de grande importância para a psicologia.


- Mariana Oliveira

domingo, 24 de março de 2019

Freud e a Homossexualidade

Cada indivíduo possui uma sexualidade própria, ou seja, possuímos diferentes fantasias, perversões e, consequentemente, diferentes maneiras de repressão. Freud define a homossexualidade como uma perversão polimorfa (capacidade de experimentar múltiplas formas de prazer).

Para Freud, a homossexualidade foi tratada como um desenvolvimento natural do indivíduo, como uma variante da função sexual e nunca como uma doença.
"É uma grande injustiça e também uma crueldade, perseguir a homossexualidade como se esta fosse um delito"; esta passagem foi transcrita de uma carta enviada por Freud, em resposta ao pedido de ajuda de uma mãe que queria 'curar' a homossexualidade do filho.



Ao longo do tempo, a homossexualidade foi vista como uma doença, ou como uma perversão, outros defendiam até a sua inexistência. A visão atual, proposta por Elizabeth Roudinesco, influenciada por Freud, nega a possibilidade da homossexualidade resultar de uma relação exclusiva com a mãe e nega também a formação desta característica da sexualidade durante o estádio em que se manifesta o Complexo de Édipo. Roudinesco contudo renega o caráter biológico da homossexualidade e defende que esta está ligada à cultura.

Maria Inês nº 16

sexta-feira, 22 de março de 2019

Gravidez muda cérebro da mulher

Gravidez muda cérebro da mulher

Qualquer mulher grávida passa por uma série de mudanças seja a nível hormonal, físico ou biológico. Mas, e o cérebro?
A verdade é que estudos feitos por cientistas comprovam que este órgão sofre alterações que estão presentes até pelo menos 2 anos após o parto. O estudo com ressonâncias magnéticas cerebrais observou o cérebro de um certo número de mães antes e depois da sua primeira gravidez, assim com o cérebro dos pais (companheiros das mulheres grávidas presentes nesse estudo).
No cérebro dos homens, não foram registadas alterações. Porém, o estudo revelou que, numa primeira gravidez, a massa cinzenta (camada externa do cérebro que contém os corpos celulares dos neurónios) encolheu em tamanho após a gravidez.

O que ao contrário do que as pessoas pensam, não significa qualquer tipo de perda das funções, mas sim uma sincronização e reorganização dos circuitos neuronais que optimizam o cérebro para melhor desempenhar a tarefa de ser mãe. Este encolhimento é parecido ao observado durante a adolescência.
Os cientistas defendem ainda que estas mudanças nas mães fazem parte de um processo de adaptação e de especialização para o momento especial da maternidade.
Rosa Gomes n°19

Pais são esquecidos após nascimento de um filho?

Pais são esquecidos depois do nascimento de um filho?
Após o nascimento de um bebé são vários os pais que afirmam que as suas esposas passam a dedicar toda a sua atenção ao recém-nascido. A questão que estes colocam a si mesmos é o porquê? Será que a relação criada anteriormente é quebrada com o nascimento de um filho?
A verdade é que mesmo antes de nascer o bebé estabelece já uma relação com a sua mãe, e mesmo depois do nascimento é esta que o irá amamentar (processo este que dá continuidade à mesma relação já estabelecida no útero). Podemos concluir então que a mãe apresenta uma relação com o bebé que se encontra um pouco inalcançável à vista de um homem que não possui características biológicas que o permitam dar à luz um filho nem mesmo amamentar. Mas, tudo isto não passam de meras inseguranças pois como é óbvio o pai têm também um papel muito importante e crucial no crescimento do filho, apesar de numa fase mais precoce desse crescimento (como é o estádio oral) o seu papel ser talvez um pouco mais indireto.

Levando em consideração os aspetos referidos, podemos então afirmar que um filho não vêm quebrar a relação estabelecida entre mãe e pai, mas sim fortalecer, se os progenitores assim o permitirem. Pois as relações estabelecidas entre pai e filho são tão fortes quanto estes queiram que ela seja. :D
Rosa Gomes n°19

Processo de Identificação


Em psicanálise, o processo de identificação define-se como sendo um processo psicológico no qual um sujeito assimila um aspeto/atributo de outro, que vê como um modelo, e molda a sua personalidade, de forma total ou apenas parcial, de acordo com esse mesmo modelo.




Foi Freud, o “pai” da psicanálise, quem pela primeira vez deu grande importância a este assunto, dizendo que este era um dos processos pelo qual todo o ser humano passa durante o desenvolvimento da sua personalidade (estádios de desenvolvimento).



Segundo a teoria psicanalítica de Freud, o processo de identificação decorre durante o estádio fálico (entre os 3 e os 5/6 anos de idade) e está intimamente relacionado com o complexo de Édipo. É neste estádio psicossexual que se dá então o complexo de Édipo, onde a criança se vai sentir atraída pelo progenitor do sexo oposto, vendo o progenitor do mesmo sexo como um rival. Posteriormente, a criança vai-se começar a identificar bastante com o progenitor do mesmo sexo e vai passar a vê-lo como um modelo a seguir, adotando alguns dos seus comportamentos.



É devido ao processo de identificação que, frequentemente, vemos as crianças desta faixa etária a imitarem os comportamentos dos pais. Por exemplo, vemos as meninas a quererem maquilhar-se e usar sapatos de salto alto, tal como as mães e os meninos a quererem fazer a barba da mesma forma que os seus pais a fazem.



É através do processo de identificação que as crianças vão superar o complexo de Édipo, daí a sua importância.



Ângela Freitas

INTROSPEÇÃO EXPERIMENTAL

O método da Introspeção foi o primeiro método a ser utilizado pela psicologia cientifica para verificar o funcionamento da mente. O criador deste método foi o psicólogo alemão Wundt.
Uma introspeção é quando um sujeito tem consciência e observa os conteúdos dos seus próprios processos mentais, destacando-se as crenças, as imagens mentais, memórias, emoções, e também conceitos, raciocínios, associação de ideias, etc.

Introspeção Experimental - Wundt


A Introspeção Experimental é usualmente estimulada na psicoterapia e na psicanálise, nas quais o sujeito reflete sobre as consequências das suas ações e seu modo de pensar de forma a diminuir o seu sofrimento em situações futuras, com a ajuda do psicólogo que analisa e interpreta a descrição do paciente.


Introspeção Experimental - Psicanálise



Assim a Introspeção Experimental (ou introspeção controlada) é um método analítico que pode ser dividido em 3 momentos:

  1. O sujeito vive um certo estado da consciência auto-observando-se;
  2. O sujeito descreve/relata ao psicólogo o sucedido e o que se passa na sua mente;
  3. O psicólogo regista e posteriormente interpreta e obtém resultados.


Introspeção Experimental - Psicoterapia


Apesar deste método ter sido utilizado diversas vezes e por muitos psicólogos, tais como, Jean Piaget e Sigmund Freud, ao longo do tempo começou-se a perceber que este possuía bastantes limitações. Essas limitações podem ser divididas em 2 tipos: limitações quanto à objetividade e limitações quanto à amplitude.

Quanto à objetividade alguns exemplos de limitações são:
  • Alguns estados de consciência, devido à sua intensidade emocional, tornam a sua descrição pouco rigorosa;
  • Diferentes pessoas podem descrever de formas distintas o mesmo fenómeno;
  • Nem todos os estados de consciência podem ser verbalizados de forma fiel.

Quanto à amplitude, como exemplos de limitações temos:
  • Tem apenas como objeto os processos mentais conscientes;
  • Não é aplicável no campo da psicologia infantil nem psicologia animal.

Atualmente, face a estas limitações, a Introspeção Experimental é apenas utilizada como complemento de outros métodos.


Mariana Oliveira

quinta-feira, 21 de março de 2019

O Mito da Inferioridade da Mulher

Diariamente ouvimos falar em desigualdade de género, principalmente na inferioridade da mulher. Sabemos o que é, sabemos como a combater, mas sabemos o porquê da existência desta ideia, o seu surgimento? 




A desigualdade de género caracterizou a sociedade de classes, originada há cerca de dois mil anos atrás, perdurando nos seus três períodos de maior relevância (escravatura, feudalismo e o capitalismo). Esta sociedade (o Estado, a Igreja e as instituições familiares) atribuía a sua dominância ao sexo masculino, resultando então o Mito da Superioridade Masculina. E porquê? Ora não existe nenhum motivo razoavelmente aceitável, os homens são socialmente superiores porque são naturalmente superiores, foram dotados pela Natureza de atributos físicos e mentais. 
Por esta mesma lógica formulou-se um mito equivalente relativamente ao estatuto social do sexo feminino, beneficiando o sexo oposto: as mulheres são socialmente inferiores, porque são naturalmente inferiores aos homens (Mito da Inferioridade Feminina). E qual é motivo desta inferioridade? Pois bem, é que as mulheres são mães, foram condenadas pela Natureza a uma posição inferior. 




Na verdade, isto não passa de uma plena mentira. Quem rebaixou a mulher e elevou o homem foi simplesmente a sociedade de classes. Foi esta sociedade que proporcionou ao sexo feminino diversas desigualdades, inferioridades, discriminações e retirou o seu direito de participar nas tarefas mais altas da sociedade, exaltando apenas as suas funções animais de maternidade. 




Porém isto nem sempre foi assim, uma vez que na sociedade primitiva os homens não eram o sexo superior, ou seja, não eram considerados como os dirigentes da sociedade e da cultura.   




Inês Coelho
nº9













Transtornos mentais


Um transtorno mental, tal como o próprio nome já nos indica, é um distúrbio psicológico que abrange vários níveis, isto é, estes transtornos podem variar desde neuroses leves até à insanidade.




Os transtornos mentais podem classificar-se em 3 tipos/níveis:
  • ·        1º tipo: Neuroses

As neuroses são tipos de distúrbios mais simples e vulgares entre nós, sendo por isso mais fáceis de tratar. A neurose consiste numa modificação do nosso psicológico e não implica a perda do sentido de realidade, isto é, o doente afetado por uma patologia deste tipo continua consciente dos seus valores e da realidade em que vive. São exemplos disso a ansiedade, a histeria, as fobias e o transtorno obsessivo compulsivo.

  • ·        2º tipo: Psicoses

O doente afetado por esta patologia revela geralmente comportamentos extremos, ora poderá encontrar-se deprimido ou, contrariamente, em estados de euforia total. Neste tipo, o doente vê a sua realidade alterada por forma a alucinar vozes, cheiros, sensações, entre outras. São exemplos disso a esquizofrenia e a paranoia.

  • ·        3ºtipo: Perversões

Um indivíduo perverso é um indivíduo que não possui qualquer tipo de apatia para com o outro. Isto deve-se essencialmente à ausência do superego. Estes vivenciaram anormalmente o complexo de édipo e portanto objetificam as pessoas à sua volta em prol de uma satisfação pessoal.





Em conclusão, é importante referir que a nossa saúde mental é essencial na nossa vida. Devemos cuidar bem dela e devemos também dar mais importância à mesma, pois estes problemas são reais e estão à nossa volta.



                                                                                                         Beatriz Magalhães, nº5


terça-feira, 19 de março de 2019

A investigação de Bowlby

  Foi durante a década de 40 que Bowlby desenvolveu um conjunto de investigações sobre as relações entre as perturbações de com comportamentos e a historia de infância.
  
Tinha como objectivo procurar e esclarecer a importância das relações precoces das crianças com os seus progenitores relacionando com o conceito de imprinting,ou seja, os recém-nascidos fixam a sua preferência relativamente aos indivíduos que contactam após o nascimento.
  
Demonstrou,através de experiência com gansos, que os recém-nascidos seguiam o primeiro animal ou objeto que se movia após o nascimento.
  
O que deu aparecimento a teoria da vinculação a necessidade do bebé  manter relações de proximidade e afetividade com os outros, de mudo as a assegurar proteção e segurança.
  
Concluindo assim, que a proximidade física do progenitor é uma necessidade inata, essencial ao desenvolvimento mental do ser humano e ao  desenvolvimento da sociabilidade.
  

Filipe Vilela nº7