quarta-feira, 13 de março de 2019

Síndrome das crianças institucionalizadas

  Após o nascimento de uma criança, esta necessita de se adaptar a um mundo completamente novo, para isso requer a ajuda da sua mãe, que é a pessoa que melhor a conhece, ela busca satisfazer as necessidades do bebé, pois apesar de indefeso, este irá adaptar-se através do contacto, calor corporal, alimentação e cuidados higiénicos que a mãe lhe proporcionará, esses cuidados fazem com que o bebê se sinta amado. Mas infelizmente, isto nem sempre acontece, existem vários casos de mães que abandonam os filhos, acabando estes em instituições de acolhimento.

 
  Como nestas instituições existe uma elevada quantidade de crianças e contrariamente um baixo número de cuidadores, estas crianças tendem a receber pouco afeto em comparação com outras que possuem trocas afetivas com a mãe. A ausência dos pais e de afeto causam distúrbios em múltiplas áreas da vida das crianças, tais como dificuldades no desenvolvimento físico, na interação com as outras crianças, na aprendizagem e na adaptação social, podendo até mesmo revelarem traços agressivos.

 

 Podemos concluir, então, que um elo afetivo é essencial, dado ser um dos cuidados básicos que todas as crianças têm necessidade, no caso das crianças institucionalizadas, como vimos anteriormente, esta conexão sofre uma rutura traduzindo-se em vários efeitos negativos para elas. 


Maria Nunes Nº 15

terça-feira, 12 de março de 2019

AMNÉSIA INFANTIL

 A amnésia infantil é definida como a incapacidade de lembrar fenômenos e situações que ocorreram no início da nossa infância e aparece geralmente por volta dos 7 anos de idade.  

Imagem relacionada

 A amnésia infantil foi descoberta pela primeira vez no final do século XIX, mas só recebeu esse nome no século XX devido ao psicanalista Freud.  
 A incapacidade de não nos lembrarmos de momentos quando éramos crianças como por exemplo: hoje ainda conseguimos falar e andar, mas não nos conseguimos lembrar do momento exato em que falamos pela primeira vez ou demos os nossos primeiros passos. Devido a este fenômeno, pesquisadores de várias áreas trabalham de forma a conseguirem chegar a uma teoria que explique o porquê de não nos conseguirmos lembrar dos primeiros momentos da nossa infância.  

Imagem relacionada

Como é o caso da psicologia que indica que a falta de memória dos primeiros momentos da nossa infância está relacionada com o facto da criança antes dos três anos de idade não ter domínio completo da linguagem e, por isso ela regista os momentos que vivencia a partir de um conjunto de códigos específicos, que o seu próprio “eu” adulto não consegue decifrar.  



 Por outro lado, os neurologistas defendem que a amnesia infantil corresponde ao facto de o cérebro ainda não se encontrar devidamente formado, logo não possui as estruturas necessárias para registar as memórias vivenciadas. 
Imagem relacionada
(Desenvolvimento do cérebro humano)
E por fim, pesquisadores defendem que não nos conseguimos lembrar dos nossos primeiros momentos da infância porque nessa idade ainda não temos formado um autoconceito ou identidade que nos leve a criar um “eu” a partir do qual elaboramos uma biografia.  
 Ainda hoje não se conseguiu provar o porquê de não nos lembrarmos do início da nossa infância visto que existem várias teorias possíveis e em desenvolvimento.   

Telma Pinto 😊

domingo, 10 de março de 2019

Conflitos do desmame

O nascimento é um acontecimento bastante marcante na vida do ser humano. Antes de nascer, o bebé tem a sensação de que ele e a mãe são uma só pessoa e o nascimento (processo bastante doloroso para ambos) vem separá-los, por isso é importante que durante os primeiros meses de vida a mãe esteja próxima do bebé, e a amamentação dá a sensação de continuidade intrauterina para o mesmo. Quando o bebé nasce, possui uma necessidade de satisfazer os seus desejos imediatamente, uma vez que não possui qualquer discernimento para decidir se o momento é oportuno ou não. E ,inicialmente, a mãe deve responder a esses desejos imediatamente, mas, com o tempo, deve fazer o bebé esperar para a satisfação das suas necessidades e proceder ao desmame. À medida que o bebé vai crescendo vai se apercebendo que a mãe não é uma extensão de si mesmo e que os dois são pessoas diferentes, o que pode causar conflitos. Por isso, os especialistas afirmam que esta altura é a melhor para se proceder ao desmame.
Sendo o desmame um dos primeiros conflitos da infância, será que se não for feito de forma apropriada pode deixar sequelas?
Em experiências efetuadas por todo o mundo, foi possível concluir que a forma como é realizado o desmame nos leitões afeta diretamente o seu comportamento. Leitões que foram sujeitos a uma separação da mãe abrupta e muito cedo, que não tiveram um desmame progressivo, demonstram níveis elevados de stress, maior predisposição para a violência e dificuldades de aprendizagem. Por outro lado, leitões que foram separados mais tarde da mãe e que tiveram um desmame progressivo mostram uma boa aptidão para a aprendizagem e não são tão medrosos quanto os leitões que foram sujeitos a uma separação muito cedo e brusca da mãe.

Será que acontece o mesmo com o ser humano?
Como todos sabemos a infância é uma época bastante importante no desenvolvimento do ser humano e que deixa marcas na personalidade de cada indivíduo; logo, um acontecimento tão marcante para o bebé como o desmame deve ter uma grande importância. Segundo os especialistas, o desmame abrupto é traumático para o bebé e não deve ser efetuado. Estudos mostram que, geralmente, crianças submetidas a desmames abruptos sofrem de problemas de confiança, autoestima e podem ser violentas. Este tipo de desmame também pode ter consequências na mãe, tais como a depressão.

Ana Rita Monteiro, 12ºA

sexta-feira, 8 de março de 2019

Os Estádios do Desenvolvimento

 A Teoria Psicanalista do Desenvolvimento tem cinco estádios:

Estádio Oral: 0-12/18 meses:
 • A boca é a zona de prazer e satisfação predominante;
• É o meio direto e principal de contacto com a realidade; todos os objectos que o bebé encontra são sugados e, posteriormente são mordidos;
• A altura do desmame, fase em que a criança é mais ativa e agressiva corresponde a uma experiência da frustração que se não for ultrapassada positivamente poderá originar comportamentos de gratificação oral (ex: fumar, beber, beijar, mascar pastilhas);
• Estruturam-se já os contornos bipolares da personalidade: optimismo/pessimismo, admiração/inveja, credulidade/desconfiança.

Estádio Anal:18 meses aos 2/3 anos:
 • A zona erógena é a região anal;
• A criança sente prazer a expulsar/reter as fezes;
• Neste período, os pais tendem a introduzir os hábitos de higiene, mas se forem demasiado rígidos ou demasiado tolerantes nesta aprendizagem, poderão produzir reacções quer de retenção, quer de descontrolo das fezes.

Estádio Fálico:3-5/6 anos: 
• A zona erógena é a genital;
• A criança toca a explora o seu corpo e o dos outros;
• É neste estádio que ocorre o Complexo de Édipo/Electra;
• Estruturam-se contornos bipolares de personalidade: orgulho/humildade, sedução/timidez, castidade/promiscuidade.

Estádio de Latência: 5/6 anos à puberdade: 
• Ausência de interesses sexuais;
• Curiosidade intelectual e criação de relações sociais;
• Aprendizagem social, desenvolvimento da consciência moral.

Estádio Genital: A partir da puberdade: 
• Predomínio da sexualidade genital, através de contactos sexuais com parceiros.


Ass: João Machado


quarta-feira, 6 de março de 2019

Terapia de Gestalt

A abordagem da Terapia Gestalt foi criada e desenvolvida por Fritz Perls (1893-1970). Baseia-se na noção de auto-regulação do organismo, ou seja, o organismo saudável deteta uma necessidade mais forte e é capaz de se mobilizar para atendê-la. Num processo de criação e satisfação de necessidades e experiências mutáveis, a Terapia Gestalt tem como objetivo analisar como as pessoas contactam consigo mesmas e com o meio para assim permanecerem fortes, equilibradas, ou, pelo contrário, como se interrompem tornando-se fóbicas ao contacto, perdendo assim vitalidade, espontaneidade, capacidade de expressão e acumulando assuntos inacabados. O processo terapêutico estimula a restauração da capacidade de contactar, de consciencializar aspetos da personalidade até então não reconhecidos, de resgatar partes alienadas, portanto, de reapropriar-se de si mesmo, realizando-se no mundo em que se vive. Visa então a:
  • Viver no aqui;
  • Viver no agora;
  • Deixar de imaginar e fantasiar em demasia, substituindo o contacto real;
  • Deixar de pensar desnecessariamente, substituindo a ação;
  • Deixar de aparentar ou de brincar de "fazer de conta";
  • Expressar-se ou comunicar;
  • Assumir a responsabilidade total pelas ações, sentimentos, emoções e pensamentos próprios.

Gestaltismo

Gestalt, Gestaltismo ou Psicologia da Forma é uma área da psicologia que aborda a ideia da compreensão da totalidade para que haja a perceção das partes. Gestalt é uma palavra de origem alemã, cuja a sua tradução aproximada é “forma” ou “figura”.




Entre o final do século XIX e os primeiros anos do século XX, estudos relativos à perceção humana foram-se desenvolvendo, originando, portanto, várias teorias. A Teoria da Gestaltconhecida também por Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma, foi uma delas. Os fundadores da mesma foram os psicólogos Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Wertheimer. Esta teoria surgiu em oposição ao Atomismo, uma filosofia que visava ser possível a perceção do todo apenas após a compreensão das diferentes partes. 



Leis da Gestalt



Através da observação do comportamento do cérebro ao longo do processo de perceção das formas e imagens, estes três psicólogos estabeleceram as Leis Básicas da Gestalt, sendo estas: Semelhança, Proximidade, Continuidade, Pregnância, Fechamento e Unidade:
  • Lei da Semelhança: imagens similares tendem a agrupar-se entre si, de acordo com a perceção da mente humana.

  • Lei da Proximidade: elementos próximos tendem a agrupar-se, formando imagens únicas.

  • Lei da Continuidade: pontos que são ligados pelo formato de uma reta ou curva transmitem a sensação de haver uma única linha que os ligam.


  • Lei da Pregnância/Lei da Simplicidadeos elementos presentes em determinado ambiente são vistos da forma mais simples possível, de modo que haja rápida assimilação do ambiente ou do elemento.



  • Lei do Fechamento: elementos que aparentam completar-se são interpretados como um objeto completo.



  • Lei da Unidade/Lei da Unificação: espaços vazios de imagens abstratas são preenchidos instintivamente para que sejam compreendidas pela mente humana. 




Inês Coelho
nº 9

domingo, 3 de março de 2019

A Experiência Do Marshmallow



A experiência do Marshmallow, realizada pelo psicólogo Walter Mishel na Universidade de Stanford, refere se a um estudo de recompensa retardada realizado no final dos anos 1960 e inicio dos anos 1970. O propósitos deste estudo era entender como o mecanismo de controle da gratificação negada e a habilidade para obter algo se manifesta nas crianças de idade entre 4 e 6 anos (objeto de estudo).
O estudo consistia em colocar crianças numa sala, isoladas de distrações, onde lhes era oferecido uma recompensa (um marshmallow) entregue no mesmo momento ou, se estas conseguissem resistir à tentação de o comer, era-lhes oferecida uma maior recompensa (dois marshmallows), se estas esperassem o retorno do adulto (aproximadamente 15 minutos).
Na ausência do adulto verificaram-se diferentes comportamentos nas crianças. 
Umas delas tentavam tapar os seus olhos de forma a não olhar para a guloseima, outras batiam na mesa, puxavam os seus cabelos, tocavam na guloseima, e por fim, algumas simplesmente comiam o marshmallow logo após a saída do adulto.
Das mais de 600 crianças testadas a minoria comeu de imediato o marshmallow. Das que resistiram por algum tempo apenas um terço resistiu o tempo suficiente até ao segundo marshmallow.




Nesta experiência concluiu-se que o fator determinante foi a idade das crianças, e em estudos posteriores evidenciou-se uma correlação entre os resultados da experiência e o sucesso das mesmas, as crianças que foram capazes de esperar mais tempo apresentaram tendência de ter melhor êxito na vida, desempenho escolar, etc.
Alguns anos após este teste foram analisadas imagens cerebrais dos participantes onde se verificaram diferenças entre os que manifestaram alto ou baixo tempo de espera pela maior recompensa principalmente em duas áreas especificas deste órgão: o cortéx pré-frontal (mais ativo nas que resistiram durante mais tempo) e no striatum ventral (área relacionada com a dependência em drogas).


Mariana Oliveira, 12ºA