A relação do bebé com o pai caracteriza-se pela
passagem da díade (relação mãe bebé) à tríade (relação mãe-bebé-pai).
As
experiências vividas no inicio da vida desempenham um papel fundamental no
desenvolvimento da mente do ser humano, delas dependendo a sua estruturação
emocional e o equilíbrio do seu relacionamento com os outros.
A mãe surge
como o primeiro agente de intercâmbio com o meio. Os sentimentos vividos na
primeira infância funcionam assim como motores de desenvolvimento de
capacidades como segurança, autoconfiança, independência essenciais para o
sucesso social. Desenvolvimento e socialização são processos interdependentes.
O facto da criança se sentir amada pelo grupo familiar vai fazer com que esta
deseje fazer parte integrante da comunidade humana
O pai tem
um papel essencial na organização da família, tanto no apoio emocional e físico
à mulher como no estabelecimento de laços com o filho.
O tom de voz do pai, o seu toque, também contribui para o
desenvolvimento psicológico do bebé. O modelo de identificação masculina é
fundamental para os rapazes e raparigas, influenciando as suas futuras
relações. Por outro lado, a relação do bebé com o pai é igualmente positiva
para este último, contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal, estando em
causa o que se designa por “socialização dos pais”, já que a comunicação ao
possuir um carácter bidireccional é de reconhecer a acção do bebé sobre o pai.
O outro
(a sociedade) os pais funcionam como elo de ligação entre a mente da criança em
formação e o universo social com as suas exigências e imposições.
Francisco Facho nº8
Sem comentários:
Enviar um comentário