Um estudo relativo a este fenómeno foi efetuado por Thorndike, um psicólogo americano, no qual observou que, no exército, os oficias atribuíam características positivas aos seus superiores ao observar previamente uma qualidade também positiva, e vice-versa. O seu objetivo era determinar como a observação de uma qualidade (ou defeito) influenciava na avaliação de uma pessoa.
Thorndike, psicólogo |
Assim, em 1920, Thorndike designou efeito de Halo como a tendência para captar características que confirmem a nossa primeira impressão sobre alguém, pois esta primeira impressão irá afetar inevitavelmente a avaliação de determinado indivíduo.
Podemos observar com muita frequência o efeito de Halo nas nossas vidas e no nosso quotidiano, e diversas vezes nem damos conta! Por exemplo, quando observamos alguém belo e atraente tendemos logo a atribuir-lhe qualidades como inteligente e agradável, ou então, quando alguém não nos agrada visualmente automaticamente lhe iremos atribuir características mais desagradáveis. Este fenómeno também pode ocorrer quando sabemos o tipo de trabalho da pessoa em causa, sendo utilizado até como uma estratégia de marketing, um médico aparentemente agradável irá obter uma maior influência relativamente a um determinado produto.
Após Thorndike, Nibset e Willson realizaram uma experiência que consistia em apresentar o mesmo professor, mas com um comportamento diferente (ser amigável - qualidade positiva, ou ser autoritário - qualidade negativa), a 2 grupos de alunos distintos. De seguida foi pedido a cada grupo que descrevesse a aparência física do professor. Concluiu-se então que o lado positivo do professor fez com que os alunos o descrevessem como atraente e agradável, o que não se verificou no outro caso. Para além disto, questionou-se aos alunos se a atitude do professor podia ter intervido na sua avaliação, e todos responderam com um não decisivo.
Podemos então verificar que o efeito de Halo se manifesta em vários momentos, influenciando a nossa avaliação das pessoas e do ambiente que nos rodeia, embora muitas vezes estejamos crentes que fazemos avaliações de forma objetiva. Comprova-se assim a famosa expressão: "a primeira impressão é a que fica".
- Mariana Oliveira
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