quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A experiência de Milgram


  Stanley Milgram foi um dos psicólogos mais influentes da sua época, que abalou o mundo com a sua experiência, em 1963, sobre a obediência à autoridade. Este estudo pretendia explicar como seres humanos civilizados fizeram parte de atos tão cruéis, como o genocídio sem demonstrarem qualquer peso na consciência ou arrependimento pelos atos cometidos.
  Para a realização da experiência foram recrutadas 40 pessoas, sem saberem que iriam ser avaliadas na sua capacidade de obedecer a ordens, pensando que iriam participar em algum estudo para melhorar a memória. Para dentro de uma sala entram duas pessoas, sendo uma delas o voluntário (professor) e a outra um ator (aluno). O professor é colocado a controlar uma falsa máquina que administraria choques no suposto aluno. Esse aparelho tinha gravado uma escala que se iniciava-se em 15 volts “choque ligeiro” e terminava em 450 volts “perigo: choque severo”. Era dito ao professor para acionar a máquina de choques sempre que o aluno respondesse incorretamente, a intensidade dos choques aumentava a cada pergunta. Antes do estudo começar o professor recebia um choque para persuadi-lo a acreditar que os choques que o aluno iria levar eram reais.
  À medida que a intensidade dos choques aumenta o pressuposto aluno protesta cada vez mais até que se recusa a responder e não se manifesta ao serem-lhe aplicados os restantes choques, levando o professor a supor a morte deste, hesitante para continuar o teste o experimentador que estava a supervisionar a experiência dizia “proceda” e até mesmo “não tem alternativa, tem que continuar”. Mesmo sendo bem evidente o estado de conflito, o sofrimento a maior parte dos voluntários chegam até ao final (450 Volts) que teoricamente simbolizaria matar a outra pessoa.
  Os resultados desta experiência apontam para 65% dos voluntários obedeceram às regras aplicando o último choque, o choque fatal.



Maria Aurora Nunes Nº15



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