quarta-feira, 29 de maio de 2019

A memória e os seus processos

Se perdêssemos a memória deixaríamos de ser quem somos, é esta que possui os nossos conhecimentos, ideias, experiências anteriores, etc. São estas as informações que fazem com que sejamos quem somos, que criam a nossa identidade pessoal e nos torna únicos.
A memória é também essencial para a sobrevivência, é porque temos memória que não pomos as mãos no fogo, ou nos aproximamos de um animal perigoso, ou até mesmo comemos metal.
Embora muitos não deem tanta importância à memória, esta está na base da cognição, aliás, sem memória não há cognição. É ela o fundamento dos nossos comportamentos, conhecimentos e emoções.
Vivemos num mundo onde somos bombardeados, a todos os instantes, por imensa informação que se traduz em estímulos. Cabe ao cérebro captar o que é realmente relevante para a sobrevivência do indivíduo e da espécie. Imaginemos que nos conseguíamos recordar de todos os estímulos, o que aconteceria era que seríamos incapazes de responder de forma adequada ao que é mais importante para nós.
Mas o que é a memória? A memória é um conjunto de processos e estruturas que codificam, armazenam e recuperam informações.
A primeira operação da memória é a codificação, que prepara as informações para serem posteriormente armazenadas no cérebro. A codificação faz a tradução dos dados num código que pode ser: visual, acústico ou semântico. Depois de codificada, a informação é armazenada no cérebro por um período indeterminado de tempo.
A segunda operação é o armazenamento. As novas tecnologias permitem-nos visualizar o cérebro em ação. 
Quando uma experiência é codificada e armazenada, ocorrem modificações no cérebro, das quais resultam traços mnésico, designados por engramas. Cada engrama, produz modificações nas redes neuronais que, quando se mantêm, permitem-nos recordar a informação que memorizamos, sempre que necessário.
Para guardarmos uma informação de forma permanente é preciso tempo. O processo de fixação é extremamente complexo, uma vez que as o material armazenado está sempre sujeito a alterações.
A  terceira operação da memória é a recuperação, neste processo recupera-se uma informação, ou seja, evocamos uma informação. 
A recuperação pode ser automática (lembramo-nos de onde vivemos) ou pode requerer uma maior complexidade para que nos recordemos de algo (como por exemplo, uma lei da química). O segundo tipo de recuperação não é automático, requer dois momentos: o reconhecimento e a evocação. O reconhecimento é quando nos tentamos lembrar se aprendemos essa lei da química recorrendo ao ano de escolaridade em que a estudamos, ou não, e só depois é que vamos procurar o conteúdo dessa lei, processo chamado de evocação. 


Ana Rita Monteiro, 12ºA, nº2






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