quarta-feira, 3 de abril de 2019

Ética e Experiência de Milgram

Como nos foi mostrado pela experiência realizada pelo psicólogo Milgram, um exercício simulado testando um comportamento individual revela bastante sobre a obediência à autoridade.


Realizada na década de 60, esta experiência e seus métodos foram aceites; o mesmo não aconteceria nos dias de hoje devido às regras éticas mais rigorosas agora existentes.
Os padrões éticos modernos impõem que os participantes de qualquer estudo estejam completamente cientes do que vai acontecer e das consequências, ou seja, não podem ser enganados. Por isto, não poderia ser omitido aos participantes o facto de os choques não serem reais.


Em alguns casos de participantes em estudos na área da Psicologia as cicatrizes emocionais continuam por meses ou anos.
Apesar de os participantes usados por Milgram não indicarem sofrer de danos psicológicos a longo prazo (provenientes do ato de infligir dor a outra pessoa), é necessário questionar a ética de Milgram.


A continuação de estudos semelhantes, que têm por base o engano, poderia fragilizar a credibilidade de Milgram.
O conhecimento do uso deste método poria em causa a espontaneidade das reações e, por isso, a fidelidade das conclusões retiradas.



Maria Inês de Castro

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