segunda-feira, 3 de junho de 2019

Preconceito E Discriminação

Preconceitos são atitudes que envolvem, tal como o nome sugere, um pré-julgamento, geralmente negativo, relativamente a pessoas ou grupos sociais.  
O preconceito tem por base a categorização social. O seu objetivo é obter uma diferenciação social, tendo que quanto menor é o conhecimento em relação à realidade em causa maior é o preconceito criado. 
Nos preconceitos predomina a função sócio-afetiva assumindo, frequentemente, posições radicais contra grupos sociais o que pode levar a atos de discriminação. 



A discriminação é um comportamento que decorre do preconceito. Os atos discriminatórios são intencionais e consistem em distinções injustas e desnecessárias. O preconceito está na base da discriminação. Os comportamentos discriminatórios manifestam-se com mais intencionalidade em períodos de crise económica ou social pois o sentimento de impotência leva a sentimentos negativos e à agressividade. A discriminação pode ir desde uma atitude de evitamento até agressões aos indivíduos visados. Em vários dos casos, quem sofre desta discriminação tende a ter problemas, como baixa auto-estima, problemas de socialização e até depressão.

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Liliana Macedo 

domingo, 2 de junho de 2019


Aspetos Positivos da Diversidade Humana

  
A diversidade humana é cultural, social, mas é em primeiro lugar biológica. 

  Uma das grandes vantagens da diversidade humana é o facto de ela ser indispensável para a nossa individuação. 

  Além disso, o convívio com pessoas diferentes é enriquecedor e multiplica as hipóteses de adquirirmos novas aprendizagens. 

  A diversidade humana promove a abertura e a tolerância e ainda favorece o progresso cultural uma vez que o contacto com outras culturas permite ampliar a nossa compreensão do mundo. 

  Por fim, esta diversidade assegura a existência de uma certa complementaridade entre diferentes funções. É essencial à vida em sociedade. 

 

Beatriz Coelho
Nº4

O que é a Cultura?

  
O Ser Humano é um indivíduo biologicamente social. É produto de um processo de auto-organização, de natureza simultaneamente individual, específica e sociocultural, sendo que a auto-organização humana é um processo em aberto. 

  A Cultura é um conjunto de informações e de conhecimentos adquiridos por aprendizagem social. É um conjunto de valores, crenças, conhecimentos, instituições, normas e comportamentos partilhados pelos membros de uma sociedade, transmissíveis às gerações seguintes. 

  Não é algo congénito, mas é algo que se aprende. Podemos nascer programados para aprender, mas não nascemos na posse dos conjuntos de informações e de conhecimentos a que chamámos Cultura. 


  A aquisição de Cultura significa que alguém foi instruído e educado e que outras pessoas a instruíram e educaram. A transmissão cultural é um processo social, ou seja, que precisamos dos outros para a aprender. 

  A Cultura permite-nos satisfazer as nossas necessidades de modo mais eficaz, refinado  e organizado. Deste modo, pode considerar-se que a Cultura surge como resposta a necessidades de segunda ordem, ou seja, a necessidades derivadas das primárias ou biológicas. Por exemplo, a necessidade cultural de produzir instrumentos de pesca e caça que deriva da necessidade de alimentação. 

  Isto significa que, se por um lado, a Cultura onde se processa o nosso desenvolvimento influencia os nossos comportamentos individuais, também se constituem como elementos culturais, ou seja, somos simultaneamente produtos e produtores de Cultura. 
 Beatriz Coelho
Nº4

EFEITO DE HALO

O efeito de Halo descreve a forma como a primeira avaliação de um objeto/pessoa interfere no julgamento de outros importantes fatores, contaminando o resultado final da avaliação geral desse objeto/pessoa, isto é, consiste na generalização de outras características através da observação de uma primeira carateristica/qualidade.







Um estudo relativo a este fenómeno foi efetuado por Thorndike, um psicólogo americano, no qual observou que, no exército, os oficias atribuíam características positivas aos seus superiores ao observar previamente uma qualidade também positiva, e vice-versa. O seu objetivo era determinar como a observação de uma qualidade (ou defeito) influenciava na avaliação de uma pessoa.


Thorndike, psicólogo

Assim, em 1920, Thorndike designou efeito de Halo como a tendência para captar características que confirmem a nossa primeira impressão sobre alguém, pois esta primeira impressão irá afetar inevitavelmente a avaliação de determinado indivíduo. 
Podemos observar com muita frequência o efeito de Halo nas nossas vidas e no nosso quotidiano, e diversas vezes nem damos conta! Por exemplo, quando observamos alguém belo e atraente tendemos logo a atribuir-lhe qualidades como inteligente e agradável, ou então, quando alguém não nos agrada visualmente automaticamente lhe iremos atribuir características mais desagradáveis. Este fenómeno também pode ocorrer quando sabemos o tipo de trabalho da pessoa em causa, sendo utilizado até como uma estratégia de marketing, um médico aparentemente agradável irá obter uma maior influência relativamente a um determinado produto.






Após Thorndike, Nibset e Willson realizaram uma experiência que consistia em apresentar o mesmo professor, mas com um comportamento diferente (ser amigável - qualidade positiva, ou ser autoritário - qualidade negativa), a 2 grupos de alunos distintos. De seguida foi pedido a cada grupo que descrevesse a aparência física do professor. Concluiu-se então que o lado positivo do professor fez com que os alunos o descrevessem como atraente e agradável, o que não se verificou no outro caso. Para além disto, questionou-se aos alunos se a atitude do professor podia ter intervido na sua avaliação, e todos responderam com um não decisivo.






Podemos então verificar que o efeito de Halo se manifesta em vários momentos, influenciando a nossa avaliação das pessoas e do ambiente que nos rodeia, embora muitas vezes estejamos crentes que fazemos avaliações de forma objetiva. Comprova-se assim a famosa expressão: "a primeira impressão é a que fica". 

- Mariana Oliveira













Efeito autocinético de Sherif


A normalização é um processo referente à formação de normas em que os indivíduos se influenciam mutuamente, de forma a adaptarem e criarem uma norma aceitável por todos.

Muzafer Sherif define norma como sendo uma escala ou referência de avaliação que define uma margem de comportamentos, atitudes e opiniões, permitidas ou condensáveis. Esta conclusão é fundamentada por um experimento social por ele realizado: o experimento do efeito autocinético.

Quando estamos num quarto perfeitamente escuro e apontamos a luz de uma lanterna para uma das paredes, por não termos outro ponto de referência, aparentemente o ponto de luz vai mover-se, apesar de este, na realidade, permanecer imóvel. A  isto chamamos efeito autocinético.



Sherif aproveitou este efeito para o seu experimento. Primeiramente, colocou cada um dos indivíduos separadamente dentro do quarto escuro e pediu-lhe que medissem a distância de deslocamento do ponto. Cada um deles foi apresentando valores muito próximos entre si, pois cada um estabeleceu a sua própria norma. No entanto, havia uma discrepância considerável entre os resultados de alguns dos indivíduos.

Numa segunda fase, os indivíduos foram colocados, por grupos, dentro do quarto, sendo que cada grupo era constituído por pessoas cujos resultados individuais diferiam bastante. Foi-lhes pedido que dissessem o seu resultado em voz alta e verificou-se que ao longo do tempo os resultados foram convergindo: os indivíduos foram progressiva e inconscientemente formando um consenso. No final desta fase, foi-lhes perguntado se tinham sido influenciados pelos outros e a resposta foi sempre negativa.



Na última fase do experimento, os indivíduos voltaram a medir o afastamento do ponto individualmente e verificou-se que o resultado por eles apresentado era bastante próximo do obtido em grupo e não do originalmente por eles obtido.



Assim, verificou-se que os sujeitos se conformaram inconscientemente com a norma estabelecida em grupo, sendo que essa norma era um valor intermédio em relação às discrepâncias iniciais demonstrando a existência de um consenso.   


Ângela Freitas

sábado, 1 de junho de 2019

"O Erro de Descartes"

António Damásio, médico neurologista, neurocientista português que estuda o cérebro e as emoções humanas, escreveu o dito livro O Erro de Descartes. Neste livro consta a teoria do Dualismo mente/corpo de Descartes, abordando, portanto, o funcionamento da mente.


Ora, a ideia que as pessoas tinham relativamente à junção da razão e emoção mudou devido a este famoso livro, uma vez que António Damásio, com base nos seus estudos, refere que a parte do cérebro que controla as emoções e as ações básicas e a parte do mesmo que está relacionada com a razão estão interligadas, pois trabalham sempre em conjunto.

"Toda e qualquer expressão racional está baseada em emoções"


Inês Coelho
nº9








Condicionamento operante


Estudado pelo investigador Rufus Skinner que se dedicou a experiências com ratos e pombos, criando ambientes fechados conhecidos como “caixas de Skinner” onde este observava os animais e as suas reações a estímulos. Este estudo levou-o à descoberta do modo como muitas das nossas aprendizagens se processam e mantêm.

O investigador colocou um rato na "caixa de Skinner" que apresenta um dispositivo automático que quando acionado liberta alimento. Inicialmente, o animal explorou o ambiente cheirando e deambulando no interior da gaiola. Em seguida, por acaso, o rato aciona a alavanca e recebe uma porção de alimento. A dada altura, o animal começou a associar a resposta operante (acionar a alavanca) ao reforço (dose de alimento). Feita a aprendizagem, a partir daí, o rato passou a permanecer próximo da alavanca e a premi-la com maior frequência. Esta experiência mostrou que o rato aprendeu a receber o alimento graças ao reforço, que neste caso é positivo, pois o estímulo tem consequências positivas.

Posteriormente, Skinner colocou um rato numa caixa cujo chão produzia choques elétricos que eram eliminados se uma alavanca fosse acionada. Então, o rato aprendeu que, para evitar a dor, deveria premir a alavanca. Neste caso o reforço é negativo, pois a eliminação do estímulo permite suprimir a situação dolorosa.
O reforço negativo não pode ser confundido com o castigo, uma vez que o reforço visa aumentar a ocorrência do comportamento, enquanto o castigo visa diminuir o mesmo. Assim, Skinner considera que as consequências de um comportamento podem influenciar a probabilidade de este ocorrer novamente.

Ao longo de toda a nossa vida temos exemplos de condicionamento operante como é o caso do elogio a um aluno que tira uma boa nota (reforço positivo), da toma de um remédio quando se sente dores (reforço negativo), ou o desconto de dinheiro no pagamento de alguém, castigando comportamentos indesejáveis.

Maria Nunes Nº15