Determinar quando se dá o inicio de uma nova vida é uma das questões mais conflituosas da atualidade. Ao redor desse enigma gravitam grandes dilemas éticos, como a questão do aborto. Perante esta questão a maior parte das pessoas corre para campos opostos- fé ou ciência.
Para a Igreja, é no momento da fecundação. Mas para os cientistas as respostas vão da terceira à vigésima quarta semana de gravidez.
A psicologia porém tem uma ideia distinta de todas as outras áreas, uma vez que os conceitos vida e ser humano não são tao superficiais como parecem. Para compreendermos melhor esta ideia temos primeiro de perceber o que faz com que um individuo possa ser chamado de ser humano.
O Homem é caracterizado como um ser multideterminado, ou seja, além das características biológicas herdadas, ele tem a capacidade de se adaptar a diferentes situações/ambientes de modo a garantir a sua sobrevivência. Ser racional (seres animados), a linguagem e as relações sociais são outras das características que nos distinguem de outros animais, as primeiras desenvolvidas pela capacidade mental e a ultima pela forma como o Homem se relaciona com os outros seres. De forma breve um ser vivo que possua um conjunto de necessidades, mais ou menos complexas, e possua todas as outras características já abordadas é Ser humano.
Ora o ser humano, quando nasce, é um ser imaturo, dependente durante muito tempo dos adultos (para se alimentar, para ser protegido, enfim, para sobreviver). Precisa de cuidados dispensados nos primeiros anos de vida pelos pais, ou outros cuidadores, para poder sobreviver seja física ou psiquicamente. Tendo por base tudo isto, podemos concluir que até atingir determinadas capacidades, aos olhos da psicologia, um bebé não é considerado ser humano.
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